O QUE FAZ UM ESTATÍSTICO?
Essa é uma pergunta que muitos fazem mesmo hoje, mesmo depois de mais de 40 anos que a profissão foi regulamentada.
Quando dizemos para os estudantes do segundo grau (ensino médio) que a profissão de ESTATÍSTICO está em alta, a primeira pergunta que eles fazem é justamente essa: O que faz um estatístico?
Pensando em ajudar o jovem aluno do ensino médio a entender um pouco do que fazemos, o CONRE-3 montou um pequeno flyer que costumamos distribuir aos que procuram uma carreira para cursar na universidade.
POR QUE ESCOLHER O BACHARELADO EM ESTATÍSTICA?
Que tal ser um profissional super versátil, que possa trabalhar em qualquer área e se dar sempre muito bem?
E que tal trabalhar com equipes diferentes, poder interagir com vários profissionais e ainda exercer uma função importante?
E, melhor ainda, não ter muito concorrente?
Gostou, não é? Pois este profissional existe e pode ser um Estatístico!
O Estatístico é aquele que se forma Bacharel em Estatística. No Brasil há 29 universidades e/ou escolas que oferecem cursos de Bacharelado em Estatística.
Mas, para que serve a ESTATÍSTICA, afinal de contas?
Imagine um médico e um farmacêutico querendo saber se um remédio em desenvolvimento é bom ou ruim. Para testar o remédio, é preciso PLANEJAR muito bem o experimento, COLETAR corretamente os dados, ANALISAR com muito cuidado e DIVULGAR seus resultados de forma honesta e com confiança no que está dizendo. Imagine o perigo de uma pesquisa mal feita num assunto tão importante! Bom, para não colocar a vida de ninguém em risco, é preciso tomar muitos cuidados. Antes de mais nada, é preciso planejar cada etapa abaixo:
O remédio será testado em quem?
-- Homens? Mulheres? Idosos? Crianças? Obesos? Jovens? Quem?
Quantas pessoas serão necessárias para testar?
-- Basta testar em uma ou duas pessoas? Ou será melhor testar em 10 pessoas? 30? 500? 2.000? Como saber?
-- Há dinheiro para testar em tanta gente?
E se houver dois grupos de pessoas?
-- Para um grupo de voluntários dá-se o remédio a ser testado; para o outro grupo, dá-se um remédio “de mentirinha”, chamado placebo, mas não se conta a verdade para ninguém. Será que há diferença nos resultados de um grupo para outro?
-- Mas o remédio foi testado só com um grupo de pessoas, em geral voluntários, como é que depois pode-se afirmar que este remédio vai ser bom para todo mundo? É certeza absoluta?
O Estatístico é exatamente o profissional que auxiliará tanto o médico como o farmacêutico em cada uma destas etapas: desde o tipo de voluntário, quantidade e controle das pessoas que farão parte do experimento (amostragem), na coleta cuidadosa e minuciosa dos dados (campo), na organização destes dados no computador (banco de dados e tabulação), na hora de fazer todas as comparações interessantes, interpretar os resultados (testes estatísticos) e divulgá-los para todos os envolvidos (análises estatísticas). Como os testes são feitos somente num grupo de pessoas, existe uma pequena chance de haver um erro, não é mesmo? O Estatístico saberá dizer que tipo de erro poderá ocorrer e com que grau de certeza o resultado será divulgado.
A Estatística é um conjunto de técnicas e métodos que vai ajudar o Estatístico em todas as etapas acima: na amostragem, na organização dos dados, na geração de tabelas e análises comparativas, na interpretação dos resultados, de forma que todas as afirmações possam ser feitas dentro de um limite de segurança estabelecido.
Mas a Estatística não é usada só para ver se o remédio é bom ou não. Se você pensar bem, muita coisa do nosso dia-a-dia acontece em conseqüência de estudos que levam em conta análises estatísticas. Vejam alguns exemplos:
• Você abre o jornal e lê a manchete: “Cruzamentos: perigo à vista”. A matéria mostra um gráfico sobre criminalidade na cidade e traz evidências de que num certo cruzamento houve muito mais assaltos do que noutros. Quantas pessoas evitarão este cruzamento ou passaraõ a ter atenção redobrada nestes locais?
• Um estudo científico mostra que mulheres fumantes têm probabilidade maior de desenvolver câncer do pulmão do que homens fumantes. Quantas mulheres não pararam de fumar diante desta notícia?
• A CET faz um estudo sobre o trânsito na cidade de São Paulo e decide se o rodízio será necessário ou não com base nas estatísticas sobre a quantidade e tipos de veículos diariamente nas ruas, locais mais congestionados, horários de pico, etc.
• A prefeitura da cidade reformula o sistema de transporte público com base nos relatórios estatísticos contendo informações detalhadas sobre fluxo de passageiros, linhas mais requisitadas, tempo de ociosidade, demanda vs. oferta, etc.
• O governo divulga dados estatísticos que influenciam todos os índices financeiros que usamos no dia-a-dia: comércio, indústria, transporte, clientes, etc... que vão influenciar nas contas que vamos pagar (prestações, crediário, luz, água, telefone, gás, etc.)
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bah...q show isso...não tinha lido ainda...bem bom mesmo...
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